segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

DIZIMO PARTE I(UMA REPOSTA AOS QUE DIZEM QUE O DIZIMO PERTENCE A LEI)

V - O dízimo em vigor no Novo Testamento
Há os que afirmam que o dízimo pertence ao Velho Testamento, e que não temos nenhuma obrigação de pagá-lo.
O dízimo, entretanto, permanece na dispensação da graça.
1. Jesus declarou no Sermão do Monte que não veio revogar a lei, mas cumpri-la.
Devemos fazer distinção entre lei cerimonial e lei moral. A lei cerimonial ficou circunscrita ao Velho Testamento. Referia-se aos costumes pró­prios do povo de Israel, alimentação, etc. Há, po­rém, a lei moral. Essa permanece.
Os dez mandamentos por exemplo. Faziam parte da lei, mas permanecem até hoje, porque são princípios eternos, estabelecidos por Deus para as relações humanas.
Assim também acontece com o dízimo. Ele pertence à lei moral de propriedade. O princípio de que Deus é dono de tudo permanece, e com ele o nosso reconhecimento dessa propriedade, expressa através do dízimo.
2. Dirá alguém: Não há nenhum manda­mento de dar o dízimo no Novo Testamento. De fato, não há, nem haveria necessidade disso. Tra­tava-se de uma prática generalizada.
Nessa base não deveríamos guardar o domingo, porque não temos mandamento positivo nesse sen­tido. Temos, entretanto, referências suficientes a reuniões de crentes no primeiro dia da semana para nos assegurarem que era esse o dia de guarda dos cristãos. O mesmo acontece com relação ao dízimo.
3. Há três referências ao dízimo no Novo Tes­tamento. Duas delas, paralelas, se referem à reco­mendação de Jesus aos fariseus quanto ao dízimo (Mat. 23:23; Luc. 11:42). A terceira é a de Heb. 7:1-10, em que Melquisedeque aparece como figura de Cristo.
Na conversa com os fariseus, Jesus fala do escrúpulo deles em dizimar até as menores coisas, esquecendo-se do mais importante, que era a prá­tica da misericórdia e da fé. Insiste com eles para que continuem a praticar o dízimo mas dêem atenção devida às obrigações morais.
Cristo está aqui, claramente, dando seu apoio à doutrina do dízimo.
Convém lembrar que Nosso Senhor declarou que se a nossa justiça não exceder a dos escribas e fari­seus, de modo nenhum entraremos no reino dos céus (Mat. 5:17).
Neste caso, Jesus está colocando para nós um padrão mais alto que o dos fariseus. Estaria ele omitindo a prática do dízimo, parte integrante da justiça do fariseu? De modo nenhum.
4. A terceira referência ao dízimo, no Novo Testamento, é a de Hebreus 7:1-10. Pedimos ao leitor que examine cuidadosamente o trecho, para melhor poder acompanhar nosso raciocínio.
O autor está provando, nessa carta, a superio­ridade de Cristo sobre a velha dispensação e aqui, de modo particular, sobre o sacerdócio judaico.
Refere-se a Melquisedeque e ao dízimo que Abraão lhe pagou, acrescentando que este Melquise­deque era figura de Cristo. Sendo Melquisedeque figura de Cristo, quando Abraão lhe deu o dízimo, estava dando-o, em figura, ao próprio Cristo.
Se o crente Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, tipo de Cristo, os crentes hoje devem dá-lo ainda àquele que é sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque.
O pensamento do versículo 8 pode ser assim parafraseado: "Enquanto no sistema mosaico rece­bem dízimos homens que morrem, isto é, os sacer­dotes; ali, na dispensação da graça, tipificada por Melquisedeque e Abraão, recebe dízimos aquele de quem se testifica que vive para sempre — Jesus Cristo."
Jesus, pois, recebe dízimos até hoje dos crentes fiéis, através da igreja que ele instituiu e incumbiu da propagação do evangelho.
5. O último argumento a favor do dízimo no Novo Testamento é o do sustento do ministério sagrado.
Paulo em I Cor. 9, declara que o princípio do sustento do ministério, na dispensação da graça, é o mesmo que o da dispensação da lei. Ele está dis­cutindo aqui o seu direito de sustento por parte das igrejas.
Fala do dever das igrejas de sustentar seus obreiros, usando várias figuras para ilustrá-lo, entre elas a do boi, que debulha.
Pergunta em seguida: Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? (v. 11)
No versículo 13 usa a ilustração do templo e do serviço dos levitas no altar, dizendo que eles tira­vam do altar o seu sustento. Qual era esse sustento? O dízimo, não há dúvida nenhuma.
Vem agora a conclusão do apóstolo, em que estabelece o princípio paralelo nas duas dispensações. Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho, que vivam do evangelho. I Cor. 9:14
Note a palavra assim. Quer dizer que do mesmo modo como eram sustentados os sacerdotes, assim de­vem ser sustentados os ministros do evangelho, isto é, com os dízimos entregues pelo povo de Deus.
É importante também o verbo: ordenou. Tra­ta-se de uma ordem de Cristo, cuja autoridade mere­ce ser respeitada. É um dever do crente, como era do judeu, entregar os dízimos para o sustento do ministério.(retirado do livro de walter kaschel NÃO SOU MEU)

Um comentário:

  1. A paz do Senhor, Cassio.

    Parabéns pelo excelente blog. Muito importante são as dicas que você deixou aqui para quem tem dificuldades em falar em público.

    Que Deus te use ainda mais no ministério de expansão do Reino de Cristo na terra.

    Deus te abençoe!

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